Salários da construção civil: quanto ganha quem atua nas obras? - Autodoc

Salários da construção civil: quanto ganha quem atua nas obras?

Os salários da construção civil são um indicador de grande importância para as construtoras estimarem a composição de custos de suas obras. Historicamente marcado pelo uso intensivo da mão de obra, o setor é um dos maiores geradores de emprego e renda no Brasil. Por outro lado, é também uma indústria na qual o trabalho carrega o estigma de ser mal remunerado. É verdade que há variações importantes nos salários pagos para os profissionais em diferentes regiões do país. Mas diante da escassez de mão de obra qualificada que atinge os grandes centros, o fato é que os salários da construção civil vêm subindo nos últimos tempos. 

Você verá neste artigo:

  • Os salários da construção civil estão em elevação
  • Fatores que influenciam os salários da construção civil
  • Qual é o piso salarial da construção civil?
  • A relação entre os salários da construção civil e a produtividade
  • Como ter o controle dos profissionais na obra?

Os salários da construção civil estão em elevação

Os dados do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP) mostram que o aumento nos salários acima da inflação, que normalmente gira em torno de 0,5%, chegou a 1,27% em 2024.

Já o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumulou alta de 4% em 12 meses, até maio de 2024. O custo da mão de obra, apurado por este indicador, subiu 7,51% no período.

Além disso, a construção civil segue demandando profissionais. Somente entre os meses de janeiro e junho de 2024, o setor gerou mais de 200 mil vagas de emprego. 

E esse aquecimento vem se repetindo há algum tempo. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos últimos quatro anos, o aumento de pessoas empregadas com carteira assinada no setor foi de 40%. Ou seja, a cada ano, o número de trabalhadores da construção civil cresce a um ritmo de quase 10%. 

Outras informações interessantes vêm do “Panorama da Mão de Obra na Construção Brasileira” que detectou: nos últimos seis meses, a escassez de pessoal levou à revisão de prazos de obra em 76% das construtoras brasileiras. Como era de se esperar, para tentar reduzir os impactos da falta de trabalhadores, 74% das empresas entrevistadas pelo estudo têm aumentado salários e oferecido mais benefícios.

Fatores que influenciam os salários da construção civil

Antes de aprofundar o debate sobre os salários na construção civil, é necessário lembrar que a remuneração dos profissionais do setor varia de acordo com uma série de fatores. Entre eles, podemos destacar:

  • Qualificação e escolaridade;
  • Experiência na função;
  • Região onde o profissional atua.  Em áreas com intensa atividade de construção, a demanda por profissionais é maior, resultando em salários mais altos.
  • Tipologia de projeto. Geralmente projetos de grande porte, como obras de infraestrutura e de edificações comerciais oferecem remunerações mais elevadas, em comparação com projetos menores e mais simples.
  • Contexto econômico. Há uma tendência de aumento na remuneração em períodos de crescimento econômico e com grandes investimentos em infraestrutura.
  • Política salarial de cada empresa.

Qual é o piso salarial da construção civil?

A princípio, como referência, pesquisamos os pisos salariais aplicados nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro para algumas funções da construção civil. 

Vale lembrar que o piso salarial é o valor mínimo que um trabalhador deve receber em uma determinada categoria profissional. Estabelecido por lei ou por acordos coletivos entre sindicatos e empregadores, esse valor costuma ser superior ao salário mínimo nacional.

Em São Paulo, a convenção coletiva firmada entre os trabalhadores e o Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP) em maio de 2024 definiu os seguintes pisos salariais:

  • Trabalhadores não qualificados (serventes, contínuos, vigias, auxiliares de profissionais qualificados e demais trabalhadores cujas funções não demandem formação): R$ 2.066,01 por mês ou R$ 9,39 por hora, para jornada de 220 horas mensais.
  • Trabalhadores qualificados (pedreiro, armador, carpinteiro, pintor, gesseiro e demais profissionais qualificados não relacionados): R$ 2.513,91 por mês ou R$ 11,43 por hora, para jornada de 220 horas mensais.
  • Trabalhadores qualificados em obras de montagem de instalações industriais: R$ 3.011,69 por mês ou R$ 13,69 por hora, para jornada de 220 horas mensais.

No Rio de Janeiro, o acordo entre sindicato e trabalhadores e contratantes estabeleceu as seguintes remunerações mínimas, conforme divulgado pelo Sintracon Rio.  

  • Mestre de obras: R$ 6.355,80
  • Técnico de Segurança do Trabalho: R$ 3.443,00
  • Armador de obra, gesseiro e eletricista de obra: R$ 2.780,80
  • Carpinteiro de esquadrias, soldador: R$ 2.994,20

A relação entre os salários da construção civil e a produtividade

Uma particularidade do trabalho na construção civil é que, muitas vezes, a remuneração do profissional está atrelada à sua produtividade. Desse modo, trabalhadores que produzem mais no canteiro de obras tendem a receber salários mais elevados. 

“A pessoa produtiva no canteiro tem um salário ótimo. Atualmente, em São Paulo, há carpinteiros que conseguem ganhar até 14 mil reais por mês”, diz David Fratel, diretor-executivo de Engenharia no Grupo Kallas. 

“Remunerações altas também têm sido aplicadas para funções como pedreiro de alvenaria estrutural e fachadeiro”, complementa o engenheiro Alexandre Britez, sócio-diretor da GP&D Consultoria e Projetos. Fratel e Britez participaram de um webinar promovido pela Autodoc para debater a inovação nos canteiros de obras. Para acompanhar o evento na íntegra, basta acessar o canal da Autodoc no YouTube.

Como ter o controle dos profissionais na obra?

Em suma, além de remuneração justa, quem atua nos canteiros de obras também demanda pacote de benefícios, ambientes de trabalho saudáveis e estimulantes, além de segurança no trabalho. Para garantir essas condições, é fundamental que as construtoras contem com soluções inteligentes para a gestão de sua força de trabalho. Nesse sentido, os softwares para gestão de documentos legais, fiscais e trabalhistas, são soluções para controle de acesso ágil e seguro aos canteiros e de sistemas eletrônicos para registro de ponto, por exemplo.

Afinal, além de proporcionar uma experiência melhor para os trabalhadores, esse conjunto de soluções vem permitindo que as construtoras trabalhem com maior controle, conformidade às normas e segurança jurídica, reduzindo passivos trabalhistas.

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Renata Moraes

Renata Moraes é a atual COO da Autodoc Tecnologia, trazendo para a empresa uma vasta experiência de 20 anos no setor de tecnologia e gestão. Com uma sólida formação acadêmica, incluindo um MBA em Gestão, Renata tem se destacado por sua habilidade em liderar equipes e em sua contribuição ao setor construtivo desenvolvendo e aprimorando tecnologias dos produtos AUTODOC.Conecte-se com Renata Moraes no LinkedIn para acompanhar suas insights e contribuições no mundo da tecnologia.

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