EPI na construção civil: como garantir a segurança no canteiro de obras? - Autodoc

EPI na construção civil: como garantir a segurança no canteiro de obras?

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A segurança nos canteiros de obras depende de uma série de fatores que vão desde treinamentos periódicos ao sucesso do gerenciamento de riscos e de controles rigorosos. O uso adequado do EPI na construção civil também é inegociável, quando o objetivo é garantir a segurança no trabalho, reduzindo a gravidade e a ocorrência de acidentes e fatalidades.

Para as construtoras, o uso desses dispositivos tem impactos diretos na produtividade e no resultado financeiro. Primeiro porque o equipamento de proteção individual certo permite que os trabalhadores se sintam mais protegidos e confortáveis para desempenhar suas atividades. Depois porque canteiros mais seguros são menos suscetíveis a atrasos em cronogramas proporcionados por acidentes ou afastamentos dos profissionais. Há, ainda, a redução de despesas com o pagamento de multas e indenizações.

O que são EPIs?

De acordo com a Norma Regulamentadora 6 (NR 6), o EPI consiste em “todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”.

Em outras palavras, são equipamentos que servem para proteger o trabalhador dos riscos diários existentes em uma construção. Entre eles estão capacetes, cintos, sapatos, óculos, protetores auriculares, entre outros.

A NR-6, aliás, é a principal referência que orienta quanto ao uso adequado dos equipamentos de proteção individual, definindo as responsabilidades tanto do empregador, quanto do empregado. 

O texto estabelece critérios para fabricantes e importadores, delibera os aspectos técnicos dos itens, além de relacionar os equipamentos que devem ser utilizados em diferentes situações.

Qual a importância do EPI na construção civil?

A atividade de construir impõe uma série de riscos à saúde dos trabalhadores, exigindo uma atuação consistente das empresas para a prevenção de acidentes e doenças.

O EPI na construção civil tem um papel fundamental nesse sentido. Afinal, esses dispositivos podem evitar tanto lesões leves, quanto fatalidades, seja por choque elétrico, mutilações ou cortes.

Além disso, os equipamentos atuam a longo prazo, evitando problemas respiratórios ou auditivos que podem vir da exposição contínua à poeira, à substância tóxicas e aos ruídos.

O que diz a NR-6 sobre os equipamentos de proteção individual?

A NR-6 determina que o empregador é responsável por:

  • Fornecer os EPIs gratuitamente a todos os funcionários;
  • Treinar os trabalhadores para utilizar o equipamento corretamente;
  • Fiscalizar o seu uso;
  • Garantir sua manutenção e substituição adequada dos itens.

É também dever do contratante adquirir somente dispositivos com indicação do Certificado de Aprovação (CA), expedido por órgão nacional competente do Ministério do Trabalho e Emprego. O fornecimento de EPI ao empregado deve ser registrado em livros, fichas ou sistema eletrônico que permita a extração de relatórios.

Além disso, a seleção do EPI pela construtora precisa ser registrada, podendo integrar ou ser referenciada no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Segundo a NR-18 (Condições de Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção), o PGR deve conter a relação dos equipamentos de proteção individual e suas respectivas especificações técnicas, de acordo com os riscos ocupacionais existentes. 

A seleção de EPI na construção deve levar em conta:

  • Atividade exercida; 
  • Medidas de prevenção em função dos perigos identificados e dos riscos ocupacionais avaliados; 
  • Eficácia necessária para o controle da exposição ao risco;
  • Exigências estabelecidas em normas regulamentadoras e nos dispositivos legais;
  • Adequação do equipamento ao empregado e o conforto oferecido, segundo avaliação do conjunto de empregados; 
  • Compatibilidade, em casos que exigem a utilização simultânea de vários EPIs. 

O trabalhador, por sua vez, tem a obrigação de utilizar todos os equipamentos de proteção individual e coletiva fornecidos pela empresa corretamente.

A Norma também estabelece responsabilidades para os fabricantes/comerciantes. Só pode ser comercializado EPI certificado, com manual de instruções na embalagem e em português.

EPI na construção civil: conheça quais são os principais

De modo geral, há uma ampla diversidade de equipamentos de proteção individual para uso em diferentes partes do corpo.

Para a cabeça, por exemplo, podemos destacar os capacetes de proteção que podem ter aba frontal, aba total ou aba frontal com viseira. Para a segurança dos olhos, os óculos de proteção são indispensáveis, especialmente para os trabalhadores que manejam vidro, solda, madeira, produtos químicos, aço e argamassas.

Já para resguardar o operário de danos aos ouvidos, existem os protetores auditivos (de concha ou plug). Para a proteção do sistema respiratório, devem ser utilizados equipamentos como o respirador purificador de ar descartável com filtro. 

Ainda quando falamos em EPI na construção, não podemos deixar de mencionar as luvas, que são o principal equipamento para proteção dos membros superiores. Elas podem ser fabricadas com composto de borracha para oferecer proteção contra choques elétricos e queimaduras graves. 

Outra opção são as luvas de vaqueta, muito usadas para manuseio de materiais agressivos e serviços pesados. Há, ainda, luvas de neoprene, com elevada resistência mecânica e a diversos produtos químicos, e as de PVC, que também ajudam a proteger a pele de danos provocados por cortes e abrasão.

Para quem atua nos canteiros, os calçados tipo botina de couro ou bota de borracha (cano longo) são elementos importantes para a proteção dos membros inferiores. 

Além disso, os cintos de segurança paraquedista com talabartes de segurança são imprescindíveis para evitar queda com diferença de nível, um tipo de acidente que pode ser bastante grave e, às vezes, fatal.

Vale lembrar que todos os equipamentos de proteção individual são importantes e devem ser utilizados em função dos riscos aos quais os trabalhadores estarão expostos em cada atividade. 

Investimentos em EPI na construção civil

Olhe só que dado interessante. Ao longo de 2023, a construção civil e a incorporação imobiliária gastaram, mensalmente, cerca de 190 reais em equipamentos de proteção individual para cada funcionário próprio. 

Também foram investidos, ao longo do ano, em média 11 mil reais por mês com equipamentos de proteção coletiva, por obra.

Os dados fazem parte da pesquisa Acidentes de Trabalho nas Obras, elaborada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O trabalho ouviu gestores de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) em 952 canteiros de obras por todo o Brasil.

Como conscientizar sobre a importância do EPI na construção?

É comum que, no dia a dia, os profissionais deixem de tomar certos cuidados que podem afetar sua própria segurança. Por isso, mais do que tornar o EPI na construção civil obrigatório, é preciso conscientizar toda a equipe sobre a importância desses dispositivos. O foco na segurança deve estar permeado na cultura da empresa. 

A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é um instrumento que pode ajudar a conscientizar os funcionários da obra. É ela quem é responsável por implementar eventos periódicos, como a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes) que informam, capacitam e alertam sobre os riscos do ambiente de trabalho.

Fornecer EPIs adequados também é importante para aumentar o engajamento dos usuários. Para economizar tempo e recursos, há empresas que disponibilizam equipamentos em um tamanho médio, não atendendo plenamente as necessidades de todos os profissionais por conforto.

Como a tecnologia auxilia a segurança nos canteiros de obras?

Quando falamos em EPI na construção civil, precisamos pontuar que há uma nova geração de dispositivos surgindo no mercado. Os wearables (ou vestíveis) são produtos tecnológicos que podem ser usados no corpo, melhorando ainda mais a segurança, a produtividade e a eficiência.

Ainda que no Brasil o uso dessa tecnologia esteja em estágio embrionário, em mercados mais desenvolvidos não é difícil encontrar trabalhadores equipados com capacetes com câmeras, que permitem o acompanhamento remoto de projetos através de imagens em 360º. Há, também, as botas de segurança com GPS (sistema de posicionamento global), RFID, Wi-Fi e altímetro, entre outros recursos. 

Vale ressaltar que o uso isolado de EPI na construção não basta para ter uma obra livre de acidentes. As construtoras precisam contar com um completo sistema de gestão para garantir que somente as melhores práticas de saúde e segurança sejam realizadas.  

Gestão de documentos e controle de acesso

Uma boa notícia é que já há várias tecnologias digitais para melhorar os controles nos canteiros e facilitar a vida de quem faz a gestão da saúde e a segurança no trabalho. 

Entre elas, soluções para controle de acesso de trabalhadores, que bloqueiam a entrada ao canteiro daqueles que estão com exame médico e treinamentos vencidos. Também há softwares que gerenciam documentos relacionados à gestão de riscos ocupacionais e de saúde.

A gestão da força de trabalho é um dos focos de desenvolvimento da Autodoc, empresa que desenvolve soluções tecnológicas para digitalizar processos e melhorar a produtividade, os controles, a eficiência e a segurança nos canteiros de obras.

Um dos destaques é o Autodoc GD4, já testado e aprovado por construtoras em todo o país. Assista aqui o depoimento de executivos da Even e da Tegra sobre o uso do software.

Integrado a catracas de acesso equipadas com IoT (Internet das Coisas), o Autodoc GD4 trabalha de forma inteligente e integrada com toda a rede de responsabilidades das relações de trabalho, minimizando riscos do contratante.Com essa solução, fica mais fácil garantir que a obra aconteça em conformidade com as normas de Saúde e Segurança do Trabalho, reduzindo os riscos de acidentes e passivos trabalhistas. Solicite agora mesmo uma demonstração à nossa equipe comercial!

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Juliana Nakamura

Jornalista (PUC-SP) pós-graduada em Mídias Digitais (FMU). Com mais de vinte anos de experiência, colaborou com uma série de veículos de comunicação, tanto na grande imprensa, quanto em mídia especializada. Produtora de conteúdo, é especializada na cobertura de temas relacionados à construção civil, mercado imobiliário e arquitetura/urbanismo. Colabora com a Autodoc desde 2020, escrevendo textos para o blog e conteúdos ricos.

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