Tudo sobre Relatório Diário de Obras (RDO)

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Quem atua no dia a dia da construção civil conhece o Relatório Diário de Obra (RDO), pois este é o documento que, como o próprio nome indica, registra diariamente todas as ocorrências e atividades que impactam o andamento dos trabalhos no canteiro.

No diário de obras são anotados desde intercorrências como quebra de equipamentos, até problemas como faltas de prestadores de serviços, atrasos na entrega de materiais, acidentes de trabalho e alterações meteorológicas.

Essencial para manter os processos no canteiro sob controle, o RDO pode ser utilizado em substituição ao Livro de Ordem, citado pela Resolução do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) n° 1.094, de 31 de outubro de 2017. 

O objetivo deste documento, segundo o Conselho, é servir como um mecanismo para acompanhamento e controle da participação efetiva dos profissionais nas obras e dos serviços pelos quais eles são responsáveis técnicos.

Qual é a importância do relatório diário de obra?

O Relatório Diário de Obra consiste em uma memória escrita de todas as atividades relacionadas com a obra ou o serviço executado. 

Quando devidamente elaborado, ele apresenta informações valiosas, como o tipo de atividade que aconteceu em uma determinada data, a equipe que executou a tarefa, possíveis acidentes ou interferências.

Trata-se, portanto, de uma excelente ferramenta para o controle das atividades, responsabilidades, custos e prazos. 

Não à toa, atualmente a maioria dos contratos exige a elaboração do RDO para registrar formalmente todas as atividades que aconteceram durante sua execução. 

RDO é uma ferramenta de gestão de obra

Mas não é só isso. O relatório diário de obra funciona como um memorial descritivo, além de ser fonte para eventuais trabalhos estatísticos. 

Esse documento confere rastreabilidade às eventuais mudanças de projetos e é um instrumento para esclarecer dúvidas e, principalmente, resguardar o construtor em disputas judiciais. Afinal de contas, o relatório ajuda a evidenciar quais obrigações e boas práticas foram atendidas.

Como você pode perceber, o Diário de Obras permite analisar as causas e responsabilidades relacionadas a desvios de escopo, prazo, produtividade e qualidade. Por isso, trata-se de um dos documentos mais importantes em processos de auditoria e perícia. 

À medida que ajuda a avaliar motivos de eventuais falhas técnicas, gastos imprevistos e acidentes de trabalho, o Diário acaba atuando, também, como um instrumento de melhoria contínua.

Há de se mencionar, ainda, a possibilidade de usar o RDO em alinhamento com as ferramentas de planejamento, permitindo ao gestor entender como a obra está progredindo, se está dentro do cronograma e se há situações capazes de provocar atrasos ou avanços significativos.

Quais os principais erros no preenchimento do RDO?

Diante de tudo isso, fica clara a importância de investir algum esforço na elaboração de um relatório diário de obras consistente, não é mesmo?

Contudo, na correria do dia a dia, muitos construtores cometem erros no preenchimento do relatório diário de obras. O mais comum deles é a negligência. 

Não raras vezes, vemos construtoras elaborando “semanários”, em vez de diários. Ou seja, acumulam-se dados de vários dias para o preenchimento em um único momento.  

Essa pode parecer uma prática inofensiva, mas deixar de preencher o RDO coloca a construtora em risco. A disciplina no preenchimento diário é importante para evitar perda de informações e falta de qualidade/confiabilidade dos dados registrados.

Outro erro muito comum é a falta de objetividade e de padrão no preenchimento das informações. Para cumprir com suas funções, o RDO precisa ser claro e conciso. Não pode ser algo muito extenso ou detalhado.

O que deve conter no diário de obra, afinal?

Não há um modelo padrão de relatório diário de obra a ser seguido. Cada construtora pode decidir quais informações devem ser incluídas nesse documento.

Mas, obviamente, há dados essenciais, sem os quais um relatório não pode ser considerado um RDO. Entre eles, é possível destacar:

• Dados da obra: endereço, prazo contratual, prazo decorrido, prazo a vencer e contratante da obra, incluindo a respectiva ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).
• Data do relatório diário de obra.
• Informações climáticas. Nesse ponto, é importante registrar toda e qualquer ocorrência (chuvas, ventos fortes) que resulte em alteração de algum resultado, seja no tempo ou qualidade de determinado serviço.
• Mão de obra e equipamentos utilizados naquele dia.
• Todas as atividades que estão sendo executadas e realizadas.
• Anotação da fiscalização, ou seja, ocorrências na obra e eventuais impedimentos de frentes de serviço, como acidentes, falta de materiais e de energia.
• Assinatura do engenheiro, cliente e/ou fiscal.

É muito importante que o relatório inclua, ainda:

• Toda e qualquer ocorrência de acidentes de trabalho, por menor que seja.
  
• Registro fotográfico. Através dessa documentação visual é possível acompanhar o progresso da obra e criar uma linha do tempo. As imagens também servem como comprovação e revisão das etapas realizadas e dos profissionais que atuaram em cada momento da empreitada. 

O RDO, de forma bem simplificada, se divide em dois grandes blocos de informações:

• Eventos de controle ligados às frentes de produção. São aqueles dados relacionados às frentes de serviço em andamento, número de funcionários próprios e terceirizados, máquinas e equipamentos disponíveis no dia.
• Eventos extraordinários. São aqueles que estão ligados a aspectos indiretos que se relacionam com a obra naquele dia específico. Por exemplo, visitas de fiscais, clientes, projetistas, atrasos na entrega de materiais, greves, ventos fortes que impediram o funcionamento seguro dos balancins, etc.

Quem é o responsável pelo preenchimento do diário de obra?

Em função de sua relevância, o Relatório Diário de Obras deve ser preenchido por profissional capacitado, normalmente o engenheiro responsável pela obra. Porém, ele também pode ser preenchido por um técnico ou um estagiário, desde que haja a supervisão de um engenheiro.

É fundamental que os profissionais envolvidos tenham consciência de que o registro diário não é uma mera burocracia, mas uma ferramenta de gestão. Nesse sentido, é altamente recomendável que haja esforço da gestão para o engajamento dos envolvidos no preenchimento correto deste documento.

Outro cuidado importante diz respeito ao arquivamento pelo período mínimo de dez anos do RDO. Esse intervalo de tempo leva em conta o prazo prescricional para reclamações em contratos de construção. 

O arquivamento dos relatórios pode até ser em meio físico. No entanto, o arquivamento digital é infinitamente mais racional e seguro porque elimina problemas como necessidade de espaço físico, deterioração dos documentos e perda ou dano das vias físicas. 

Saiba como fazer um diário de obra efetivo

A dificuldade para fazer o arquivamento seguro dos relatórios diários é um dos motivos que justificam a digitalização do diário de obra. Mas há muitas outras razões para investir na digitalização dessa rotina. Entre elas, podemos destacar a maior agilidade e a facilidade no preenchimento das informações.

Diferentemente das planilhas em Excel ou dos registros em papel, o diário de obras informatizado permite ao construtor dar um passo além na gestão da obra. Ele viabiliza o acesso às informações na palma da mão e permite anexar imagens, criando um repositório de informações rico e confiável sobre o dia da obra.

Conheça um software específico para elaboração de relatório diário de obra

Foi justamente pensando em simplificar as rotinas no canteiro e em eliminar processos manuais que custam tempo e dinheiro, que a Autodoc desenvolveu o Autodoc Diário de Obras.

Recém-lançado, esse software as a service permite o preenchimento do relatório de forma simples, rápida e intuitiva em computador, smartphone ou tablet. Já conta com diversos usuários e avaliações positivas como da Ana Carolina Bonifácio – Representante da Direção na P4 Engenharia:

O Diário de Obras da Autodoc chegou para otimizar a forma de fazermos os registris diários na P4 Engenharia. _ Ana Carolina Bonifácio – P4 Engenharia

Com essa solução, todo o processo de relato de obras é informatizado, facilitando o registro, o acesso e o armazenamento das informações. Entre os diversos recursos do Autodoc Diário de Obras, podemos citar:

• Portabilidade: com o aplicativo do Diário de Obras é possível gerenciar o registro de obra direto do celular, em qualquer lugar, a qualquer hora.
• Integração exclusiva com o GD4 e a Catraca Autodoc: Isso permite extrair dados sobre o efetivo da obra automaticamente.
• Registro com fotos e armazenamento em nuvem, sem limite para o upload de fotos.

O Autodoc Diário de Obras transforma a antiga planilha diária em um histórico organizado e dinâmico, com fácil acesso a informações, que pode apoiar a tomada de decisão e a melhoria de processos internos do canteiro de obras. Fale com alguém do nosso time comercial e agende uma demonstração para conhecer mais sobre essa ferramenta!

Confira no vídeo abaixo, como acontece o preenchimento de informações na versão web:

O que você viu hoje sobre o relatório diário de obras?

Nos últimos anos temos visto muitos exemplos de inovação aplicada à gestão das obras na construção civil, não é mesmo?

Em muitas construtoras é notável a mobilização para incorporar tecnologias digitais nos canteiros. O objetivo é levar a gestão das obras a novos patamares de eficiência e segurança com o apoio de hardwares, softwares e aplicativos mobile. 

Essa revolução também chegou ao relatório diário de obras, um documento muito importante para o sucesso do empreendimento, mas que ficava relegado a segundo plano, especialmente pela dificuldade de preenchimento da planilha. Não há mais motivos para o construtor ficar preso a processos analógicos, tabelas ineficientes e informações perdidas.