Ainda que com atraso, a transformação digital da construção evolui no Brasil muito em função da adesão ao BIM (Building Information Modeling). Essa é uma das conclusões do estudo global “Transformação Digital: O Futuro da Construção Conectada”, realizado pela consultoria IDC, sob encomenda da Autodesk.
O trabalho foi elaborado a partir de entrevistas com 835 profissionais de grandes construtoras em 12 países da Europa, Ásia e Américas, incluindo o Brasil.
Inovação em estágio inicial
A pesquisa mostra a transformação digital é uma prioridade para 72% das companhias da construção civil. Ela também indica que as grandes empresas do setor apostam, principalmente, em soluções capazes de melhorar seus projetos, como fluxos de trabalho BIM, gerenciamento de licitações, gerenciamento de projetos e insights.
Mas há um gap importante entre o interesse e a implementação concreta da digitalização. Somente 13% das empresas se consideram maduras em relação à adoção de novas tecnologias. A maioria delas (58%) ainda está no estágio inicial de sua jornada para a inovação, enquanto 28% se encontram no meio do processo de transformação.
Pedras no caminho
Uma série de desafios explica a lentidão das empresas do setor na condução de seus processos de transformação digital. O primeiro deles, apontado por 46% dos entrevistados, é criar um plano único que seja estratégico para priorizar a implementação dos investimentos tecnológicos.
Outras dificuldades são: a construção de uma arquitetura tecnológica que permita trabalhar com escala (42%), o estabelecimento de KPIs e métricas para medir o sucesso digital (37%), a exploração da expertise em tecnologia (36%) e a incorporação de fluxos de trabalho digitais em toda a empresa (29%).
Brasil evolui timidamente
Realizado antes da pandemia de Covid-19, o estudo do IDC constata algo preocupante: o Brasil é o país com o menor nível de maturidade entre os países avaliados e está muito para trás em relação a outros competidores quando se trata da adoção de tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial e modelagem 3D. O Japão é o país onde a construção está mais digitalizada, seguido da Alemanha e dos Estados Unidos.
Mas o atraso tecnológico da construção brasileira começa a mudar de figura quando o assunto é BIM. Isso porque o país é o líder em investimentos em softwares baseados na modelagem da informação. Além disso, a adoção da tecnologia no Brasil (53%) é maior do que a registrada em outros países, como Coréia (48%), a Índia (47%) e a China (47%).
Esse movimento pode ser atribuído, em grande parte, às parcerias público-privadas e a ações como a obrigatoriedade de uso do BIM até 2021 em obras públicas.
Se quiser acessar outros dados da pesquisa do IDC, clique aqui.
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