Grandes companhias da indústria da construção no Brasil e no mundo vêm se aproveitando do BIM (Building Information Modelling) para otimizar seus resultados operacionais e financeiros. Mas o que nem todos sabem é que a modelagem 3D também pode ser uma ferramenta valiosa para as micro e pequenas empresas do setor.
Aderir a uma tecnologia desse porte pode parecer, em um primeiro momento, um passo grande demais para quem opera com pequenos orçamentos, margens estreitas e equipes reduzidas. Só que o BIM já não é um diferencial a ser oferecido ou apenas algo desejável. Trata-se de uma necessidade para quem não quer ficar para trás e ser alijado de licitações e concorrências.
Além disso, vivemos em um contexto no qual é cada vez mais comum que pequenas empresas tenham que disputar contratos com companhias maiores. Mas como obter sucesso nessas situações sem competir em um mesmo nível? O BIM pode auxiliar nesse sentido, ao oferecer um caminho para produzir mais com menos recursos, ao mesmo tempo em que transmite ao contratante valores como inovação, transparência, domínio técnico e racionalidade.
Por que o BIM faz sentido para as pequenas empresas?
Não sem motivo, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) vem incentivando o emprego do BIM por escritórios de projeto e construtoras menores, através de encontros, cursos, e publicações. Na visão da entidade, “o BIM representa redução de custos na obra, transparência no planejamento e precisão nos custos e cronogramas. Portanto, proporciona maior eficiência e confiabilidade”.
Ainda de acordo com o Sebrae, com base em dados da McGraw-Hill Construction, obras que utilizam a plataforma BIM conseguem uma redução de 22% no custo de construção, de 33% no tempo de projeto e execução e de 38% de reclamações após a entrega da obra ao cliente. Todos esses ganhos são resultado da diminuição de erros, de inconsistências e de incompatibilidades dos projetos, e independem do porte do projeto.
Pedras no caminho
Ao aliar racionalização de custos com menores prazos e riscos, o BIM pode ajudar micro e pequenas empresas a darem um salto de qualidade. Mas aderir a essa nova tecnologia requer, para começo de conversa, estudo e planejamento consistentes.
Cada empresa deve avaliar seus objetivos, a aquisição da licença de software, treinamento de pessoal, investimento em novos hardwares e, possivelmente, a contratação de alguns talentos estratégicos.
Os desafios são grandes, ainda mais em um contexto de escassez de recursos. Mas a tarefa tende a ficar mais simples e assertiva quando se pensa no BIM de forma abrangente, como algo que envolve pessoas, tecnologia e processos. Não se trata de uma simples migração de software, mas de uma mudança de mindset.
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Até a próxima!