Wearables na construção civil: o que é, benefícios e aplicações - Autodoc

Wearables na construção civil: o que é, benefícios e aplicações

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

Também conhecidos como dispositivos vestíveis, os wearables na construção civil já são uma realidade em muitos países, oferecendo um monitoramento mais preciso sobre a saúde dos trabalhadores.

Essa tecnologia abrange um conjunto de dispositivos eletrônicos que, uma vez incorporados a roupas, capacetes, cintos, relógios e outros acessórios, são capazes de gerar uma série de informações de saúde e localização, bem como facilitar a comunicação. 

Com a popularização dos smartwatches, a tecnologia vestível tem ganhado foco e se tornado uma oportunidade para melhorar a produtividade e a segurança das pessoas em diversos segmentos da economia. 

Quer saber mais sobre as aplicações desses dispositivos na construção civil? Neste artigo você verá como os wearables estão cada vez mais próximos dos canteiros de obras brasileiros. Continue conosco!

O que são wearables?

Os wearables devices são uma das aplicações da Internet das Coisas (IoT). Essa tecnologia permitiu que diferentes objetos físicos utilizados no cotidiano tivessem conectividade e fornecessem dados.

O exemplo mais popular de vestíveis são os smartwatches, muito usados para monitorar indicadores de saúde como batimentos cardíacos, qualidade do sono e pressão arterial, além de auxiliar na prática de exercícios físicos. 

Mas o relógio não é o único dispositivo capaz de processar e armazenar informações. Há também óculos, sapatos, cintos e até roupas com tecnologia embarcada para torná-los mais inteligentes.

Na construção civil, a principal aplicação dos wearables é na segurança e proteção dos trabalhadores. Não à toa, há quem associe esses devices a uma nova geração de EPIs (equipamentos de proteção individual). 

Principais tipos de dispositivos vestíveis para a construção civil

Os dispositivos vestíveis podem transformar a maneira como as empresas cuidam da saúde de seus colaboradores. Confira alguns exemplos:

Capacetes inteligentes

Podem ter um ou mais sensores incorporados, transformando-se em equipamentos extremamente úteis para a segurança, acurácia e otimização da obra. Alguns modelos contam com o auxílio da realidade aumentada para oferecer informações de apoio e auxiliar na tomada de decisão. 

Com câmera de alta resolução 3D, o capacete inteligente oferece ao trabalhador a oportunidade de documentar suas atividades. Já os modelos mais avançados podem permitir que o usuário atenda a chamadas sem ter que remover luvas, protetores auriculares ou até o próprio capacete.

No quesito segurança, o wearable pode coletar informações como temperatura corporal, cansaço e níveis de estresse. Ele também consegue detectar monóxido de carbono, evitando envenenamento. 

Óculos 3D

O uso deste wearable na construção civil permite que os usuários sobreponham planos de construção 3D em um local de trabalho. A tecnologia possibilita integração com projetos em BIM (Building Information Modeling), ajudando a visualizar em uma estrutura pronta ou em construção, desenhos em 3D da planta e comparar um projeto modelado. Os óculos podem, ainda, escanear códigos de barras e filmar as atividades em tempo real.

Calçados com sensores

As chamadas smart boots ou botas inteligentes, possuem sensores acoplados que permitem que o usuário seja acompanhado em tempo real. Os calçados também podem alertar o colaborador caso ele entre em lugar não autorizado. Inicialmente criada para uso militar, essa tecnologia pode, ainda, incorporar GPS, banda ultra larga, Wi-Fi, RFID, altímetro, entre outros. 

Etiqueta com localizador

O que antes era somente um pedaço de tecido com informações sobre uma roupa, está se transformando em um gadget para a segurança do trabalhador. As etiquetas inteligentes possuem GPS embutido, o que facilita a localização do usuário. Elas também detectam quedas e enviam pedidos de ajuda imediatos. O dispositivo possui, ainda, um botão de emergência, para que o funcionário peça ajuda quando achar necessário.

Exoesqueletos

Os exoesqueletos são dispositivos mecânicos ou eletromecânicos vestíveis que se destinam a auxiliar e melhorar as capacidades físicas do corpo humano, principalmente em tarefas que exijam força, que sejam repetitivas ou que tenham que ser realizadas em posições desconfortáveis. A construção civil é uma das áreas mais promissoras para a adoção desse tipo de tecnologia, uma vez que há uma infinidade de tarefas que seriam amplamente beneficiadas, principalmente aquelas que envolvem a movimentação de objetos e equipamentos pesados, carregamento e descarregamento de materiais, trabalhos repetitivos ou serviços que exigem uma posição incômoda. 

Confira como o exoesqueleto pode apoiar as atividades da construção civil neste vídeo.

Benefícios dos wearables na construção civil

É fácil identificar ao menos três grandes ganhos que podem ser obtidos com a adoção de dispositivos vestíveis:

  • Mais segurança: esse é o principal valor agregado pelos wearables na construção civil. EPIs com sensores podem monitorar sinais vitais dos trabalhadores e agilizar a tomada de decisão antes que ocorra um acidente causado por exaustão, sono ou fadiga. Os aparelhos também permitem a localização fácil do usuário em casos de emergência. Há ainda a possibilidade de emitir alertas de segurança, detectar gases tóxicos e evitar quedas.
  • Mais cuidado com a saúde do trabalhador: dispositivos como smartwatches e pulseiras fitness podem monitorar a frequência cardíaca, os níveis de atividade física e até mesmo a qualidade do sono dos trabalhadores, ajudando a identificar e prevenir problemas de saúde relacionados ao trabalho, como lesões por esforço repetitivo (LER) e distúrbios musculoesqueléticos (DME). Isso evita afastamentos que também podem atrasar a obra. 
  • Mais eficiência: associados às realidades aumentada e virtual, os dispositivos vestíveis permitem aos trabalhadores acompanhar o progresso do projeto e identificar problemas antes que eles aconteçam. Isso diminui os retrabalhos e aumenta a produtividade no canteiro de obras.

Aplicações de wearables na construção civil

No Brasil, o aproveitamento de wearables como equipamento de segurança no trabalho ainda é incipiente. Mas já existem algumas empresas que estão testando a tecnologia. É o caso da CCDI (Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário) e da Coelce, distribuidora de energia elétrica do Ceará.

A construção do Yachthouse Residence Club, arranha-céu com 81 pavimentos em Balneário Camboriú, SC, utilizou capacetes com sensores para o monitoramento de 55 trabalhadores que atuam em áreas de risco. A iniciativa foi fruto de um projeto-piloto desenvolvido pelo SESI (Serviço Social da Indústria) e a Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), em parceria com a construtora Pasqualotto & GT.

Desafios da implantação de wearables na construção civil

Apesar de apresentar possibilidades promissoras, há alguns desafios para introduzir os dispositivos vestíveis nas obras brasileiras. O primeiro deles é a dificuldade de implantação, já que os wearables ainda possuem um custo elevado, embora a tendência seja a de que o preço diminua.

Outra preocupação é a segurança dos dados dos usuários, já que esses dispositivos têm capacidade de armazenar informações pessoais. Por isso, é preciso que, antes de implementar o wearable na construção civil, seja construído um código de conduta que regulamenta a coleta, o uso e o armazenamento desses dados, garantindo a privacidade de todos, em alinhamento com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

A gestão da força de trabalho é um dos focos de desenvolvimento da Autodoc, empresa que desenvolve soluções tecnológicas para digitalizar processos e melhorar a produtividade, os controles, a eficiência e a segurança nos canteiros de obras.

Um dos destaques no portfólio da Autodoc é a catraca de acesso. Combinando biometria facial e o software de gestão de documentos GD4, o equipamento garante que nenhum colaborador irregular acesse o canteiro, proporcionando segurança para a empresa em caso de fiscalização pelos órgãos competentes. Solicite agora mesmo uma demonstração à nossa equipe comercial!

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Juliana Nakamura

Jornalista (PUC-SP) pós-graduada em Mídias Digitais (FMU). Com mais de vinte anos de experiência, colaborou com uma série de veículos de comunicação, tanto na grande imprensa, quanto em mídia especializada. Produtora de conteúdo, é especializada na cobertura de temas relacionados à construção civil, mercado imobiliário e arquitetura/urbanismo. Colabora com a Autodoc desde 2020, escrevendo textos para o blog e conteúdos ricos.

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