O que é segurança do trabalho na construção?

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Descubra os conceitos de segurança do trabalho na construção e entenda como aplicar essa ferramenta de forma eficiente.

Riscos são intrínsecos à vida. É difícil imaginar uma área de atuação profissional que não ofereça, em algum nível, certo perigo ao bem-estar de um colaborador. No entanto, essas ameaças podem – e devem – ser controladas, reduzidas e, se possível, eliminadas. A segurança do trabalho na construção tem como principal objetivo a implantação de medidas para garantir a segurança do trabalhador, assim como assegurar que as normas sejam cumpridas.

A seguir, falaremos um pouco sobre esse tema que tem chamado a atenção de empresários da engenharia civil e abordaremos alguns dos princípios da segurança do trabalho na construção, trazendo leis, ideias e soluções para quem deseja se aprofundar no assunto.

Aproveite a leitura e lembre-se de salvar esse artigo na sua aba de favoritos para consultá-lo sempre que julgar necessário.

O que é segurança do trabalho na construção?

Vamos começar pelo básico: afinal, o que significa, na prática, a segurança do trabalho na construção?

Trata-se de um conjunto de medidas adotadas para prevenir acidentes, prezar pela saúde e proporcionar bem-estar para os trabalhadores envolvidos em atividades de construção civil.

Uma pesquisa da Associação Nacional de Medicina do Trabalho surpreendeu ao mostrar que, na área de construção civil, há uma taxa de 11,76 casos de mortalidade no trabalho para cada grupo de 100 mil colaboradores. As maiores causas desses números alarmantes envolvem acidentes típicos do segmento, como soterramentos e desmoronamentos, choques, quedas e impactos com objetos.

A segurança do trabalho na construção surgiu justamente como uma resposta a esses fatos, trazendo uma série de soluções que, ao serem implementadas e respeitadas no canteiro de obras, diminuem os riscos de passivos trabalhistas.

Exemplos de técnicas de segurança do trabalho na construção

Em um ambiente tão movimentado quanto uma obra, pode ser desafiador manter os olhos abertos para tudo que representa perigo. Objetos pesados, atividades em altura e contato com redes elétricas são exemplos de atividades que demandam cuidado dobrado.

Nem mesmo o time mais experiente e dedicado seria capaz de fiscalizar tudo que está acontecendo a cada segundo, e é exatamente nesses momentos de brecha em que os acidentes tendem a acontecer.

Diversas estratégias de segurança do trabalho foram desenvolvidas justamente para preencher essas lacunas e garantir a autossuficiência de um canteiro de obras. A seguir, você confere algumas delas:

Equipamentos de proteção individual (EPI)

Provavelmente uma das primeiras lições de segurança do trabalho na construção envolve os equipamentos de proteção individuais, também conhecidos como EPI. Capacetes, botas, cintos, óculos e luvas são exemplos de elementos que podem salvar a vida de um colaborador.

Mas não basta disponibilizá-los para a equipe. É preciso proporcionar treinamentos para promover o uso correto dos artigos, além de realizar um trabalho dedicado de conscientização acerca da importância de cada um deles.

Também recomenda-se a estruturação de uma fiscalização do uso de EPIs e uma checagem frequente do estado de conservação dos materiais entregues à equipe. Isso é um cuidado essencial para líderes preocupados com o próprio time.

Treinamento e educação

É obrigação do gestor garantir que os colaboradores terão acesso ao que existe de mais atualizado em termos de treinamento e educação. Falar sobre práticas seguras e procedimentos operacionais contribui para um ambiente mais seguro e consciente.

Alguns temas, por exemplo o manuseio de substâncias químicas e técnicas de elevação, dificilmente são abordadas no dia a dia e definitivamente não fazem parte do senso comum. Por isso, é preciso ter um cuidado extra para aproximar o seu quadro de funcionários dessas realidades.

Sinalização de segurança

Se um incêndio começasse agora no seu canteiro de obras, as pessoas saberiam para onde ir? As sinalizações de segurança têm como objetivo indicar áreas de riscos, ambientes restritos e instruções de segurança. Elas são a melhor maneira de comunicação com o pessoal em situações imprevisíveis e, por isso, precisam ser muito bem planejadas.

Trabalhe com placas, faixas coloridas, sinais luminosos e tudo o que for indicado pelas normas de segurança do trabalho na construção para facilitar o fluxo de indivíduos em situações rotineiras e emergenciais. Também é essencial proporcionar um treinamento para que todos saibam fazer a leitura correta dessa sinalização.

Controle de riscos

Sem o controle de riscos, a segurança do trabalho na construção não faria sentido. Além de identificar possíveis pontos de acidente, essa atividade também é proativa em eliminá-los. Elementos como barreiras de segurança, redes de proteção e sistemas de ventilação são muito comuns nessa área, contribuindo ativamente para a criação de um ambiente mais protegido e controlado. Mas o destaque vai para o controle de acessos, que está se tornando um tópico cada vez mais necessário para gerenciar o fluxo de pessoas que entram e saem de um espaço de obras ou reformas.

Inspeções regulares

Quando se trata de inspeções regulares, nós temos algumas dicas. Engana-se quem pensa que se trata apenas de passear pelo canteiro de obras vendo se está tudo bem. É preciso ter um olhar atento para os pontos de problemas em potencial, bem como corrigir as falhas imediatamente e garantir que todos os protocolos indicados estão sendo seguidos. 

Nós falaremos um pouco mais sobre isso daqui a pouco.

Normas regulamentadoras

Se um órgão de fiscalização chegasse hoje em um projeto seu para uma verificação, você ficaria tranquilo por saber que todas as normas e leis estão sendo seguidas? O respeito às regulamentações é uma parte importante da segurança do trabalho na construção e, para atendê-las, é preciso estudá-las e entender em detalhes o funcionamento de cada uma. Ainda nesse artigo, você encontrará um resumo desse assunto.

Planejamento de emergência

Na hora em que um incidente acontece, todos se perguntam “por que eu não montei um plano antes?”. Na construção civil, o conceito de atuar sem um planejamento de contingência é inimaginável. Isso envolve a disponibilidade de equipamentos de primeiros socorros, a definição de rotas de evacuação e a formação de equipes de resposta a emergências.

O profissional de segurança do trabalho na construção

Com tantos pontos de atenção, é comum que as pessoas se sintam inseguras acerca das questões que precisam ser definidas para um ambiente de construção se tornar seguro. Mas não se preocupe, pois você não precisa pensar em tudo sozinho.

O profissional, tanto um engenheiro quanto um técnico de segurança do trabalho na construção, é um indivíduo que passou por um treinamento rigoroso para garantir o bom funcionamento das estratégias de proteção. Em muitos casos, a contratação desse colaborador é obrigatória.

É impressionante ver o impacto de um técnico dessa área em um local, já que seus olhos são treinados para identificar riscos que passariam despercebidos por pessoas leigas. Independentemente da obrigatoriedade, é sempre recomendável contar com o apoio de um elemento tão valioso para a evolução da engenharia nacional.

Leis e normas da segurança do trabalho na construção civil

Seria necessário usar algumas horas para falar sobre todas as leis e normas que regem a construção civil no Brasil e, ainda assim, o tema não se esgotaria. Além disso, há o fato de que essas regulamentações podem mudar de acordo com cada região, e que é comum encontrar especificidades de acordo com a posição geográfica e os objetivos de cada local.

Ainda assim, algumas questões merecem ser destacadas. Entre elas, estão:

Normas Regulamentadoras (NRs):

As normas regulamentadoras participam ativamente da rotina da construção civil brasileira, principalmente no que diz respeito ao setor de segurança. 

• NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: aborda as condições e o meio ambiente para canteiros de obras, escavações e outros;
• NR-35 – Trabalho em altura: configura os requisitos para que o trabalho em altura seja feito de forma a preservar o bem-estar do colaborador;
• NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: surge quando é necessário fazer o manuseio de redes elétricas, introduzindo medidas de controle para prevenir acidentes.

Leis

Existem duas leis que se destacam e influenciam a segurança do trabalho na construção. São elas:

1. Lei nº 6.514/1977: define as diretrizes da segurança do trabalho, incluindo possíveis punições para o descumprimento das normas.
2. Lei nº 8.213/1991: aborda os Planos de Benefícios da Previdência Social, tal como a aposentadoria por invalidez proveniente de acidentes de trabalho.

Normas Técnicas

Apesar de não ser específica para a construção civil, há uma norma técnica que é muito aplicada no segmento:

• ABNT NBR 9050 – Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos: Estuda e controla a questão de acessibilidade nos projetos de edificações.

Órgãos Reguladores

Por fim, existem os órgãos reguladores que ficam de olho no cumprimento do que foi definido. São eles:

1. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) / Secretaria Especial da Previdência e Trabalho: formula e coordena as políticas de segurança do trabalho.
2. Fundacentro: desenvolve estudos que influenciam diretamente a aplicação de normas práticas.

A tecnologia na segurança do trabalho

Hoje em dia, é impossível cumprir tudo o que foi citado nesse texto sem contar com o apoio da tecnologia. Felizmente, empresas como a Autodoc atuam diretamente nessa área, combinando a sua expertise da área da construção civil com o que existe de mais sofisticado em tecnologia. Caso tenha interesse no assunto, vale a pena conferir as soluções da empresa para a segurança do trabalho na construção.