A falta da mão de obra qualificada em um momento de mercado aquecido vem afetando as empresas da construção civil e criando oportunidades para transformações setoriais. O problema foi abordado em matéria de capa do jornal O Estado de S. Paulo, no último dia 17 de junho.
Assinada por Márcia de Chiara, a reportagem trouxe dados alarmantes. Entre eles, os obtidos por meio da plataforma Autodoc GD4. Realizado a partir de informações captadas das catracas de acesso de obras em 22 estados brasileiros, o levantamento mostra que a idade média dos operários aumentou de 38 anos em 2016 para 41 anos em 2024.
Software de gestão de documentos e controle de acesso, o Autodoc GD4 possui mais de 250 mil trabalhadores cadastrados em sua base de dados. Com isso, é possível ter uma amostragem robusta e insights variados sobre questões relacionadas à força de trabalho. Para saber mais sobre o envelhecimento da mão de obra identificado no estudo da Autodoc, leia este artigo.
Qual é o impacto da escassez de mão de obra na construção civil?
A escassez de mão de obra atinge diferentes posições, de serventes e engenheiros a pedreiros, azulejistas e pintores.
Além da dificuldade de contratar e de preencher as vagas disponíveis, as empresas já estão sentindo os efeitos desse apagão em seus custos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), o aumento nos salários acima da inflação, que normalmente girava em torno de 0,5%, foi de 1,27% em 2024, além da correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 3,18%.
No período de 12 meses até maio de 2024, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumulou alta de 4%. O custo da mão de obra, apurado pelo mesmo indicador, subiu 7,51%, ou seja, quase o dobro.
No curto prazo, a tendência é a de que a escassez de mão de obra qualificada pressione ainda mais os custos e os preços do metro quadrado.
O que pode ser feito para minimizar os efeitos do apagão de trabalhadores qualificados?
As fontes entrevistadas pela reportagem do Estadão indicaram dois caminhos principais para as empresas diminuírem os impactos negativos da escassez de profissionais qualificados.
- Investir em programas de formação rápidos voltados para públicos variados, incluindo mulheres e imigrantes. De acordo com cálculos do Sintracon-SP, os estrangeiros já representam mais de 10% dos ocupados no setor na região metropolitana de São Paulo.
- Adotar soluções para elevar a eficiência e a produtividade nos canteiros de obras. O momento é favorável à busca por sistemas construtivos industrializados, especialmente para substituir atividades penosas e insalubres. Alguns exemplos são a madeira engenheirada, o steel e o wood frame e a construção modular. Entre as tecnologias indutoras de produtividade, é possível mencionar, também, sistemas como as smart walls.
Citado na reportagem de Márcia de Chiara, David Fratel, membro do Comitê de Tecnologia e Qualidade do Sinduscon- SP e diretor-executivo do Grupo Kallas, avalia que aumentar os salários não é suficiente para solucionar a falta de trabalhadores. “O que resolve é aumentar a produtividade, reduzindo a dependência da mão de obra”, disse ele.
Empresa Ambar, a Autodoc atua há duas décadas desenvolvendo produtos digitais para atender a demandas específicas de quem atua no complexo ciclo de construção de um empreendimento.
Uma das soluções que se destacam em seu portfólio é o Autodoc GD4. O software integrado às catracas de acesso tem revolucionado a maneira como as construtoras abordam a administração dos recursos humanos, melhorando a eficiência operacional e mitigando riscos trabalhistas. Neste webinar, David Fratel explicou como o Autodoc GD4 vem ajudando a Kallas a gerenciar uma enorme quantidade de documentos obrigatórios relacionados a seus colaboradores. Imperdível!