Internet das Coisas: conheça seus benefícios e cases na Construção Civil - Autodoc

Internet das Coisas: conheça seus benefícios e cases na Construção Civil

A revolução digital já não se restringe mais a computadores, dispositivos móveis e equipamentos hi-tech. Hoje, já estão sendo implementados upgrades em objetos comuns que até então eram funcionais, mas sem grandes sofisticações. Estamos falando da IoT – acrônimo do termo em inglês, Internet of Things; ou Internet das Coisas, em tradução literal.

A IoT tem comprovado sua eficácia em todos os âmbitos, sendo adotada por organizações de diferentes áreas de negócio. Especialmente no cenário atual, em que estamos cada vez mais conectados e repletos de dados.

A IoT pode ser definida como a capacidade de objetos processarem, armazenarem e trocarem informações entre si através da internet. Estima-se que até o fim de 2018 teremos aproximadamente 21 bilhões de sensores e dispositivos IoT conectados no mundo, mas é previsto que até 2022 esse número aumente em 140% e chegue à casa dos 50 bilhões – segundo dados da Juniper Research em pesquisa divulgada em junho de 2018.

Uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey e encomendada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) revelou que o Brasil pode movimentar até 200 bilhões de dólares com a Internet das Coisas, até 2025. Isso representa 10% do PIB nacional. Esses dados nos mostram que o IoT chegou para ficar.

Neste artigo, abordaremos os benefícios que essa tecnologia pode trazer para a Construção Civil e como podemos aplicá-la ao setor:

Benefícios do IoT

A aplicação do IoT na Construção Civil vem revolucionando a gestão de obras graças a sua vasta possibilidade de aplicação para coleta de dados e troca de informações em nuvem.

Conheça alguns dos benefícios gerados por essas soluções:

Automatização do maquinário: através do IoT é possível programar seus equipamentos para que eles monitorem o próprio uso de energia. Por meio de sensores, cada aparelho identifica quando deve ocorrer o acionamento/desligamento das luzes e máquinas. Ou seja, essa automatização ocorre por meio de um monitoramento da quantidade de força gasta do tempo de inicialização até a inatividade.

Melhor administração de recursos: através da automatização de procedimentos, menos recursos são consumidos. Um exemplo é a utilização de etiquetas RFID que rastreiam materiais para evitar que sejam perdidos ou extraviados.

O monitoramento do maquinário pode também ocorrer por meio de sensores IoT, que são capazes de gerar economia de recursos em manutenções preventivas ao detectarem a necessidade de reparos com antecedência.

Maior segurança: o IoT também gera segurança ao canteiro de obras, especialmente com a aplicação da tecnologia em wearables, ou seja, dispositivos “vestíveis”. Uma possibilidade de aplicação são EPI’s capazes de transmitir dados e informações sobre o estado e as atividades do colaborador, fazendo com que decisões sejam tomadas em tempo real baseada nas condições apresentadas. Eles podem medir sinais vitais, enviar alertas em situações de perigo e até mesmo controlar a temperatura corporal.

Por exemplo, um capacete inteligente que agrega diversas funções:

  • Permitir comunicação por áudio e vídeo, facilitando resgate em caso de acidente.
  • Alertar o colaborador caso entre em local não autorizado.
  • Detectar vazamentos de gás.
  • Identificar quedas e enviar pedido de ajuda, com a localização exata do trabalhador acidentado.
  • Acompanhar condições físicas dos profissionais, como pulsação.

Gerenciamento e monitoramento de operações remotamente: além de ser possível a coleta de dados sobre a situação dos equipamentos, maquinários e colaboradores, sensores IoT podem também apoiar o monitoramento de estruturas, reduzindo riscos de desastres, como o rompimento de barragens, ou problemas estruturais em pontes e viadutos.

A empresa paulista GeoOndas desenvolve uma plataforma web, no conceito da Internet das Coisas (IoT), para acompanhar em tempo real a integridade de pontes, viadutos e outras estruturas, usando sensores sem fio capazes de detectar acelerações, deformações, vibrações, temperatura e posicionamento das construções.

Sustentabilidade e satisfação do cliente: a construção de Smart Buldings só é possível graças à Internet das Coisas. Estes prédios inteligentes geram mais satisfação e conforto para seus usuários, além de oferecer possibilidades de economia de energia, por exemplo.

A thyssenkrupp Elevadores é uma das empresas que tem investido no conceito de Smart Buildings. Recentemente, a empresa lançou a tecnologia MAX no Brasil. Trata-se de uma solução de manutenção preditiva para elevadores com uso de IoT e IA. Ou seja, com a solução é possível ir além do monitoramento remoto dos dados dos elevadores. O machine learning permite que um algoritmo de IA exclusivo saiba porque uma falha ocorreu no passado e qual foi a causa. A partir dessa análise, é possível estabelecer probabilidades e melhorar o produto, evitando novos problemas no futuro.

Paulo Manfroi, vice-presidente de serviços da thyssenkrupp concedeu entrevista para o Enredes falando sobre a tecnologia. Confira na íntegra.

Cases com aplicação de IoT na Construção

IoT na otimização logística

A fornecedora Engemix, braço da Votorantim, especializada em concreto, tinha como desafio logístico garantir o fluxo contínuo de entrega de concreto em obras.

Em uma grande obra, é necessário que os caminhões de concreto cheguem no intervalo de tempo ideal. Os fornecedores não podem chegar antecipadamente, pois corre o risco de seus clientes não estarem preparados para receberem o material, e gerar tumulto na obra. No entanto, também não podem se atrasar para a estrutura não ser comprometida. Em média, o prazo é de aproximadamente 3 horas para os caminhões irem até o terreno, descarregarem o material e voltarem para reabastecer.

Para solucionar esta problemática, a empresa adotou a tecnologia de um caminhão betoneira equipado com sensores, que monitoram as atividades do veículo e enviam dados para análise em tempo real.

Cada caminhão é equipado com quatro sensores. Os dispositivos são capazes de monitorar a posição dos caminhões nos mapas e detectar para qual lado as betoneiras estão girando. Se estiverem girando para direita, significa que o concreto está sendo descarregado.

Na fase de implementação, foram utilizados três caminhões como teste. A Engemix conseguiu entender melhor como funcionava a operação, ter estimativas mais precisas sobre o horário de chegada das betoneiras no canteiro, e reduzir mais de 30% de perda de material nos primeiros meses.

Com o resultado positivo, a empresa escalou a tecnologia a toda a sua frota visando aproveitar todos os seus benefícios. Os clientes passaram a também ter acesso às informações de localização, diminuindo o número de chamadas recebidas pelo call-center.

IoT no controle de acesso ao canteiro de obras

Visando agilizar e otimizar o controle de acesso aos canteiros de obras, desenvolvemos a Catraca de Acesso Autodoc, com solução IoT integrada em constante sincronização a um banco de dados em nuvem, que processa informações referentes às documentações dos colaboradores em tempo real via software Autodoc GD4.

A Catraca Autodoc é capaz de avaliar em milésimos de segundos se o colaborador possui a documentação completa e todos os treinamentos necessários antes de liberar o seu acesso à obra. Se houver qualquer divergência, como pendência de documento, treinamento expirado ou documentação vencida, o colaborador é bloqueado e fica impossibilitado de acessar o canteiro até que as pendências sejam resolvidas.

Essa simples e inovadora solução é capaz de reduzir drasticamente riscos legais e fiscais, além de facilitar o gerenciamento de colaboradores ao centralizar todo o processo de controle de documentação em uma única plataforma.

Para mais informações sobre a Catraca Autodoc e o sistema Autodoc GD4, clique aqui.

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Juliana Nakamura

Jornalista (PUC-SP) pós-graduada em Mídias Digitais (FMU). Com mais de vinte anos de experiência, colaborou com uma série de veículos de comunicação, tanto na grande imprensa, quanto em mídia especializada. Produtora de conteúdo, é especializada na cobertura de temas relacionados à construção civil, mercado imobiliário e arquitetura/urbanismo. Colabora com a Autodoc desde 2020, escrevendo textos para o blog e conteúdos ricos.

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