O BIM (Building Information Modeling) vem revolucionando a construção civil ao adicionar assertividade e previsibilidade aos projetos. Na rota evolutiva desta tecnologia no Brasil, uma das tendências que vem se confirmando é a adesão ao BIM 4D, que consiste em adicionar a variante tempo a um modelo 3D.
Trata-se de um uso que vai além de funcionalidades como a geração de modelos virtuais tridimensionais e a possibilidade de verificação de interferências nos projetos (clash detection). Com o BIM 4D é possível associar o modelo elaborado ao cronograma da obra, atrelar tarefas, e gerar um planejamento visual de andamento da obra.
Por que investir no BIM 4D?
O interesse das construtoras pelo BIM 4D se explica, por uma série de motivos. O principal deles é a possibilidade de vincular as informações dos componentes que representam o escopo do projeto aos dados de planejamento e custo. Com estas informações integradas, é possível rastrear o impacto no prazo de qualquer alteração de projeto, uma ajuda e tanto à tomada de decisão.
Além disso, o BIM 4D pode agregar outros ganhos, como:
- Agilidade na tomada de decisão – Decisões que provavelmente seriam tomadas num segundo momento são antecipadas para a etapa de projetos. É o caso da logística interna do canteiro e de simulações de conflitos entre serviços. Tudo isso agrega eficiência para as construtoras.
- Visibilidade – Por ser visualmente mais acessível, o modelo 4D facilita a troca de informações e de contribuições de agentes menos familiarizados com a engenharia e o planejamento.
- Gestão facilitada – O modelo 4D facilita o dimensionamento e a coordenação do fluxo de trabalho das equipes de mão de obra no canteiro. Ele também permite avaliar e comparar diferentes cenários de planos de ataque e programações de serviço.
- Flexibilidade – A metodologia pode ser usada para fazer modelos bem simples e simular o plano de ataque da obra de modo geral, ou para elaborar modelos mais detalhados para simular o ataque a uma etapa específica.
Desafios à implantação do BIM 4D
Para que tudo isso funcione e os ganhos se concretizem, as construtoras precisam construir uma base tecnológica com um pool de softwares e licenças. Mas não é só isso. É fundamental, também, que haja:
- Equipes de projeto, planejamento e orçamento trabalhando de forma integrada.
- Equipes de projetos totalmente aderidas ao processo executivo da construtora.
- Interoperabilidade de um conjunto de softwares e aplicativos.
Os modelos 4D podem ser usados durante o estudo de viabilidade, no planejamento e, principalmente, durante o andamento da obra para monitoramento do cronograma de execução. Eles também podem ser integrados com o cronograma financeiro, permitindo a extração de quantitativos precisos para elaboração de relatórios financeiros e orçamentos mais assertivos.
Quando tem a adição da variável custo, o BIM 4D ganha uma nova dimensão, transformando-se no BIM 5D, tema de um artigo futuro.
Esse conteúdo foi útil para você? Não deixe de curtir e de compartilhar suas impressões no espaço de comentários. Se quiser saber mais sobre todas as dimensões do BIM, não deixe de ler esse post recém-publicado.
Até a próxima!