Segundo levantamento feito pelo Ministério de Trabalho e a Previdência Social, o Brasil está em quarto no ranking de número de acidentes trabalhistas. Além disso, a Construção Civil é o quarto setor com mais ocorrências de acidentes – dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho (OSST), ferramenta do MPT e da OIT, que faz o acompanhamento dos acidentes em tempo real, por meio do chamado “acidentômetro”, além de fazer um mapeamento das áreas com maior incidência de casos.
Os números assustam. Para reduzi-los, é necessária uma melhor gestão da segurança nos canteiros de obra. Duas medidas que contribuem para a diminuição do índice de acidentes de trabalho são gestão de riscos e controle de acesso, saiba como:
Gestão de Riscos
“Não lamente o acidente que já aconteceu, comemore o acidente que você foi capaz de evitar” – esta é uma frase conhecida no ramo da segurança do trabalho, e define bem a gestão de riscos.
Esse planejamento envolve uma gestão de riscos, utilizada não somente para evitar danos aos colaboradores da construtora, quanto problemas futuros na própria construção, que podem acarretar em processos judiciais contra a empresa.
A gestão de riscos envolve pensarmos nos possíveis riscos de determinada ação, para que assim, medidas preventivas sejam tomadas, e a segurança seja garantida. A gestão de riscos requer uma visão periférica do canteiro de obras, e uma observação da situação de diversos pontos de vistas diferentes, realizada de uma forma perspicaz, considerando todos os riscos possíveis de determinada ação.
É importante o time responsável pela gestão de riscos estar integrado, de modo que riscos que eventualmente passariam despercebidos por uma única pessoa, possam ser identificados pela equipe. E tratando-se de segurança no trabalho, nenhum risco pode ser esquecido ou descartado, por isso é necessária uma observação panorâmica e eficiente da situação.
Riscos comuns no canteiro de obras:
Choque elétrico: o colaborador responsável por realizar atividades relacionadas à energia elétrica deve ser treinado para a função. Além disso, é importante estar trajando todos os equipamentos de segurança necessários para este tipo de serviço e com a NR-10 em dia.
Falta de sinalização: as obras devem possuir sinalizações para orientar os colaboradores. Placas, fitas e barreiras podem alertar riscos em determinada área do canteiro, ajudar os funcionários a se localizarem, e também alertar sobre a importância do uso de EPI’s.
Queda de materiais: quedas de materiais e ferramentas podem trazer riscos às pessoas que passam em torno da obra. Por isso, é necessário que o colaborador esteja em conformidade com a NR-35, além de estar sempre utilizando seus EPI’s.
Classificação de riscos da obra:
Existe uma classificação que pode ajudar na observação dos possíveis riscos em canteiros:
- Grupo I – Verde – Físicos: fatores externos, que podem prejudicar o funcionário, como ruídos, pressão, temperatura e umidade.
- Grupo II – Vermelho – Químicos: fatores externos, mas que podem ser inalados pelo funcionário, como poeira e vapor.
- Grupo III – Marrom – Biológicos: este grupo inclui seres vivos que podem prejudicar o colaborador, como bactérias, fungos e parasitas;
- Grupo IV – Amarelo – Ergonômicos: ações cobradas dos colaboradores que podem prejudicar sua saúde, como repetitividade e monotonia.
- Grupo V – Azul – de Acidentes: quando o profissional é colocado em risco, sem proteção e equipamentos necessários.
Esta é a classificação padrão para todos os canteiros de obra. A utilização de cores para cada categoria ajuda coordenadores e gerentes na visualização de cada grupo. Com isso, conseguem identificar quais etapas da obra possuem maiores riscos. Ao adquirirem consciência sobre os riscos, são capazes de tomar atitudes para que eles sejam sanados e a segurança no canteiro seja garantida.
Controle de Acesso
Além da gestão de riscos, uma medida importante para elevar a segurança nos canteiros de obras é o controle de acesso dos colaboradores às construções. Com uma solução adequada para controle de acesso é possível garantir que somente colaboradores autorizados acessem os canteiros de obra, e não somente isso, é possível garantir que o acesso é liberado somente àqueles que possuem todos os requisitos, treinamentos e documentação necessária para executarem seus respectivos serviços.
Se o colaborador que está tentando acessar o canteiro estiver com pendências em sua documentação ou não fizer parte da equipe da obra, o acesso dele é bloqueado pela catraca. Dessa forma, somente acessa o canteiro quem estiver devidamente regularizado, e assim, são evitados riscos ao colaborador e problemas futuros para a construtora.
Manualmente, seria impossível realizar esse controle, principalmente em obras grandes, que contam com muitos funcionários e uma série de documentos pertinentes a eles.
Catracas modernas, como a Catraca de Acesso Autodoc, elevam o controle de acesso ao próximo nível. Elas são mais seguras e inteligentes do que aquelas versões ultrapassadas compostas por velhas obsoletas, inventadas em 1960. A inovação se dá por sua tecnologia IoT (Internet of Things) e integração com o software GD4 em modelo SaaS (Software as a Service).
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