Em todo o mundo, o BIM (Building Information Modelling) avança em aplicações, proporcionando benefícios não somente às empresas, mas também às nações. Com a modelagem da informação da construção espera-se alcançar maior transparência, mais precisão em projetos, processos de planejamento e controle de obras, e elevar a produtividade. Quando aplicado de forma consistente, o BIM também pode diminuir prazos, custos e riscos, além de melhorar os processos de manutenção e de gerenciamento de ativos.
Na jornada para implementar uma metodologia tão disruptiva, alguns países se destacam por terem lideranças engajadas, mobilização setorial e maturidade tecnológica.
Status de implantação do BIM no exterior
Países como Reino Unido e Singapura são considerados exemplos de adoção do BIM. Nesses locais, o uso da modelagem da informação da construção foi uma tomada de decisão nacional, acompanhada do envolvimento de toda a comunidade técnica na elaboração de conteúdos de apoio, como guias, normas e bibliotecas de objetos.
O Reino Unido é líder das iniciativas na Europa. O país trabalha no terceiro nível de maturidade BIM, quando há plena colaboração entre todas as disciplinas por meio de um modelo de projeto compartilhado desenvolvido em um repositório centralizado.
Já Singapura, no Sudeste Asiático, começou a exigir o uso do BIM gradualmente entre 2008 e 2015. Hoje, a metodologia é aplicada em todos os projetos com mais de 5 mil metros quadrados. As ações são comandadas pela Corenet, uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Nacional com a colaboração de organizações públicas e privadas.
BIM na América Latina e no Brasil
Na América Latina, dois países que se sobressaem perante seus vizinhos são Chile e Brasil. Essa foi a constatação de um trabalho realizado pela professora Regina Ruschel (Unicamp), em conjunto com Fernanda Machado e Joyce Delatorre (Autodesk). O diagnóstico tomou como referência as publicações realizadas em 18 nações.
No Chile, muito esforço tem sido feito para levar o ensino do BIM às universidades, segundo o Planbim. Um resultado desse trabalho foi a marca atingida em 2020 de 75% dos cursos nas áreas de arquitetura e engenharia terem disciplinas envolvendo BIM.
No Brasil, associações de arquitetos e engenheiros estudam e debatem a modelagem da informação da construção pelo menos desde o início dos anos 2010. Em 2019, o governo federal lançou a Estratégia BIM BR visando trazer mais economicidade para as compras públicas e maior transparência aos processos licitatórios.
Mas ainda há muito o que avançar, especialmente no que tange a adoção de plataformas de colaboração. O uso de ferramentas digitais genéricas ainda prevalece, como mostrou a Pesquisa Nacional sobre a Digitalização das Engenharias no Brasil. Na sondagem, 76,7% dos entrevistados disseram utilizar soluções de formato físico e trocas digitais via e-mail ou repositórios comuns como drives e WhatsApp para a troca de informações. O estudo foi elaborado pelo BIM Fórum Brasil em parceria com o sistema Confea/Crea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) e com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
A Autodoc, empresa do Grupo Ambar, integra o BIM Fórum Brasil, associação civil que reúne diversos agentes da cadeia produtiva da construção envolvidos e interessados na disseminação da modelagem da informação da construção.
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